Os membros dos Ananins, estudantes do curso de história da UFPA-Ananindeua, que atuaram como bolsistas entre Agosto de 2018 e Agosto de 2019 apresentarão os resultados finais de suas pesquisas no II SIEPE (Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão) do Campus da UFPA em Ananindeua que ocorrerá nos dias 17 e 18 de Outubro de 2019.
Apresentamos os resumos de alguns dos Ananins que apresentarão no II SIEPE no dia 17 de Outubro:
Desenhando a arqueologia Amazônica: de caco a espetáculo e o "modesto museozinho" de Tom Wildi
CAROLYN SANTIAGO PINHEIRO (bolsista UFPA-AF)
ANNA MARIA ALVES LINHARES (orientador)
FACULDADE DE HISTORIA - ANANINDEUA
A educação patrimonial colabora com a formação da identidade e identificação com o patrimônio. E para além de gerar uma identidade com os grandes monumentos que trazem uma memória da elite, se faz necessário ensinar sobre o patrimônio de uma minoria que ainda é pouco valorizado. Atualmente estamos acostumados a ver os símbolos marajoaras vinculados a algo comercial e estético, sempre com o objetivo de vender e chamar atenção através do nome ou dos símbolos marajoaras. É necessário perceber que a cultura de um povo foi ressignificada para atender desejos da elite e do Estado, sendo espetacularizada e reduzida a um uso estético e de interesses de determinadas classes sociais e como ela ainda é vista como uma memória nacional, como símbolos de uma brasilidade, as cerâmicas marajoaras permanecem sendo utilizadas no comércio, tendo acentuada que os produtos com os seus símbolos representam a verdadeira raiz brasileira, do mesmo modo que acontecia no século XIX. . O presente trabalho é referente ao projeto de pesquisa ? Cerâmica Marajoara e educação patrimonial: o diário de campo de Tom Wildi?, fruto de bolsa de pesquisa PIBIC/ UFPA campi do interior, tem como objetivo analisar os registros de Tom Wildi e a partir deles produzir um material didático em forma de HQ, trazendo a reflexão sobre a espetacularização das cerâmicas marajoara e o ensino patrimonial para valorizar essa cultura e enxergar além da estética e exotismo.
Palavras-chave: Tom Wildi; HQ's; ensino patrimonial, cerâmicas Marajoara
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Humanas
Área: História
Sub-área: História do Brasil
A terra, os homens e o ensino de História: a questão agrária e o ambiente rural em livros e apostilas
ATHOS MATHEUS DA SILVA GUIMARAES (bolsista CNPQ)
FRANCIVALDO ALVES NUNES (orientador)
FACULDADE DE HISTORIA - ANANINDEUA
Está comunicação tem como objetivo expor os resultados do projeto de pesquisa que foi realizado durante o ano de 2018 ao ano de 2019. O Ensino de História, como elemento imprescindível para a formação do cidadão crítico reflexivo, possibilita um entendimento do tempo e espaço em suas diferentes escalas de análise. Oferece ao educando a formação necessária para a compreensão do mundo que o cerca. Assim, partindo do pressuposto de que o Ensino de História se apresenta como um instrumento imprescindível para o conhecimento de mundo e para a formação crítico-reflexivo, propomos nesta comunicação analisar os instrumentos de apoio para as aulas de História: o livro didático, utilizados na E.E.E.M. Professor Antonio Gondim Lins, localizada no município de Ananindeua/PA. Direcionamos nossa atenção, a partir do plano de trabalho, a um dos temas que consideramos polêmicos e complexos de ser trabalhado em sala de aula: a questão agrária. Estas ações foram organizadas metodologicamente através de uso de textos que compõem o acervo bibliográfico para o ensino de história. Uma vez escolhidos os livros e materiais, optamos em analisar os textos e verificar se neles há o tratamento/silenciamento da questão agrária. Para finalizar, irei expor a minha experiencia durante o período que estive como bolsista deste projeto de pesquisa e as atividades desenvolvidas cotidianamente no espaço escolar selecionado para a realização da investigação.
Palavras-chave: Ensino de História Questão agrária Livros didáticos Narrativas
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Humanas
Área: História
Sub-área: História do Brasil
Abastecimento, rotas e produtos alimentícios na Belém da segunda metade do século XIX em Belém.
FRANCICLEIA RAMOS PACHECO (bolsista UFPA-AF)
SIDIANA DA CONSOLACAO FERREIRA DE MACEDO (orientador)
FACULDADE DE HISTORIA - ANANINDEUA
Esta pesquisa foi realizada buscando entender como era feito o abastecimento da cidade de Belém no período de 1850-1900, identificando quais eram as principais rotas e os produtos que chegavam na capital. Assim os resultados demonstraram que existia uma relação direta com os interiores da região, que eram os responsáveis pelo abastecimento da cidade, ou seja, existia uma relação inter-regional, que era essencial para que os gêneros alimentícios chegassem até a capital e posteriormente fossem fornecidos para a população. Algumas das regiões que se destacavam nesse comércio eram: Cametá, Marajó, Monsarás, Óbidos, Santarém, Bragança, Vigia, Baião, Guamá, Rio Purús, Juruty entre outros com suas embarcações que traziam todos os dias os produtos que abasteciam a cidade como: carne verde, farinha, peixe seco ou fresco, castanha, manteiga, cacau, café, pirarucu, mixira entre outros, assim a chegada desses produtos era constante, proporcionando uma alimentação complexa baseada na sua diversidade. Nesse sentido destaca-se o papel importante dos interiores como os principais fornecedores de gêneros alimentícios para o abastecimento da capital, uma relação que favorecia tanto a cidade como eles próprios, ou seja, esse intercambio movimentava o comércio e possibilitava o abastecimento através das zonas produtoras. A alimentação é um aspecto importante que possibilita conhecer uma sociedade a partir do que e de como ela consome, identificando os sujeitos envolvidos nesse processo.
Palavras-chave: Abastecimento, gêneros alimentícios, rotas, relações de comércio.
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Humanas
Área: História
Sub-área: História do Brasil
Em defesa da terra: o debate em torno da utilização da terra e a instalação da colônia militar do Gurupí (1840-1852)
TALITA ALMEIDA DO ROSARIO (bolsista PIBIC-PRODOUTOR RENOVAÇÃO 2017)
SUENY DIANA OLIVEIRA DE SOUZA (orientador)
FACULDADE DE HISTORIA - ANANINDEUA
O objetivo desta pesquisa é compreender os impactos dos debates nos anos de 1840 e da promulgação da lei de terras de 1850 sobre os "campos comuns" na fronteira entre o Pará e Maranhão demarcada no rio Turiaçu.Tais terras eram divididas por diferentes homens abastados para criação de gado, a qual era feita de forma migratória e alternada sobre as duas margens do rio durante as secas e as chuvas. Por meio da investigação em relatórios de província, mapas, anais do Senado, cartas entre autoridades, inventários e jornais não se teve mais referências aos campos comuns após 1850, concluiu-se que não deixam de existir, mas são denominados devolutos. E a criação de gado na região foi ampliada com projetos agrários a partir da lei de terras. Foram criadas as colônias agrícolas com a venda de grandes extensões de terras devolutas e a colônia militar Gurupi na fronteira cujo manejo do gado era feito atravessando o rio Gurupi (limite redefinido entre as províncias em 1852) para o lado paraense, pois dentro dela os animais destruíam as roças. Também houve a migração de gados para o Gurupi por pequenos criadores, ocupando as terras devolutas. Ademais, a análise mostra a existência de conflitos entre esses pequenos criadores e índios e também entre militares e quilombolas vistos no discurso oficial como "usurpadores" das boas terras; embora as habitassem como mostra a documentação "a longa data".
Palavras-chave: colônia militar Gurupi, fronteira Pará-Maranhão , criação de gado
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Humanas
Área: História
Sub-área: História do Brasil
Questionário de educação ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua
WENDELL PRESLEY MACHADO CORDOVIL (bolsista UFPA-AF)
WESLEY OLIVEIRA KETTLE (orientador)
FACULDADE DE HISTORIA - ANANINDEUA
O projeto de pesquisa intitulado ?Questionário de educação ambiental aos estudantes das escolas de Ananindeua?, com orientação do Prof. Dr. Wesley Oliveira Kettle e apoio da UFPA por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, teve a pretensão de entender as compreensões dos alunos do ensino fundamental e médio de Ananindeua sobre termos como Educação Ambiental, Meio Ambiente e suas percepções sobre a importância da discussão ambiental nas aulas das disciplinas escolares, com ênfase na História. A metodologia da investigação foi o levantamento de bibliografia na área de Educação Ambiental, História e meio ambiente e pesquisa com alunos sobre suas compreensões de Educação Ambiental, elaboração de questionário contendo perguntas objetivas e subjetivas, levantamento e visita de escolas para aplicar os questionários, além da observação de aulas e análise de materiais didáticos. A pesquisa conseguiu entender que os alunos não possuem uma única forma de definir a Educação Ambiental (EA) e o meio ambiente. A maioria dos alunos do ensino fundamental que descreveram sua noção de EA respondeu que é a preocupação com o despejo correto de lixo (21,27%). No ensino médio a maioria dos alunos que respondeu mostrou ligar a ideia de Educação Ambiental com ?Preservação da natureza? (35,14%), dentro de uma perspectiva disjuntiva da humanidade com a natureza. No ensino fundamental cerca de 34,06% não conseguiram definir, no médio 16,22%.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Compreensão Alunos, Ensino de História, Ananindeua
Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq:
Grande-área: Ciências Humanas
Área: Educação
Sub-área: Ensino-Aprendizagem
Para conferir a programação completa, basta acessar aqui :
Comentários
Postar um comentário