Texto por: Wendell P. Machado Cordovil Eu sempre tive desejos - o meu enorme martyrio, de vê de perto os festejos - que sóem fazer do Círio os patrícios do Sodré nas festas de Nazareth. [...] Eis aqui, minha Maria, o grande Círio o que é; o acto mais importante das festas de Nazareth. Sobre os festejos pomposos, do decantado arraial, se der licença o Faria, não levando o caso a mal, eu tentarei descrever-te em tendo tempo, outro dia. (1) Esse trecho, do poema assinado por Silva e publicado na Folha do Norte em 1896, revela um pouco do que já era o Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Belém do Pará ainda no século XIX. O eu lírico, um homem saído de Manaus, no Amazonas, escreve uma carta para sua amada. Entre narrar sua chegada no porto de Belém e a procissão do Círio, o homem expressa seu encanto com toda a festa religiosa. No fim do poema manifesta o desejo de contar sobre os "fesejos pomposos" que ocorriam na Festa de Nazaré, mas suas linhas restantes não eram suficientes pa...